PÁSSAROS EM CATIVEIRO
Por isso eu faço um apelo a todas as pessoas que os mantêm presos, como se eles fossem perigosos bandidos, condenados por algum tribunal: para que deixem os bichinhos livres, abrindo as portas das gaiolas, que são verdadeiras penitenciárias de segurança máxima, até o fim de suas vidas. São condenados à prisão perpétua, sem nunca terem cometido qualquer delito. Ainda conseguem cantar, para deleite de seus donos, seus senhores. Não é justo mantê-los presos. No meu entendimento de criança, já achava o cativeiro uma coisa errada, uma covardia. Soltos, eles se defendem sozinhos, não precisam de nossas migalhas. O papagaio, único pássaro que fala, aprendeu a fazer versos. E assim começou o poeta: “Soltem-me, seus filhos da...”. Não! O certo é assim:
Nós vamos entrar em greve,
Toda pessoa sensata,
Com o poeta assim declamando, Seus donos ficaram bonzinhos, Libertaram, quase chorando, Os pobres dos passarinhos. Orpheu Leal
Enviado por Orpheu Leal em 14/01/2024
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