ATRAVESSANDO O RIO
Só tinha sete anos de idade, Tentava atravessar o rio andando. Deus me salvaria por piedade, E sem saber nadar fui afundando. A correnteza me levou ao fundo, Me transportou para lugar mais raso, Foi o maior sufoco deste mundo, E eu só não morri por mero acaso. Tia Leonor não sabia nadar, Tomava conta só da meninada, E quando comecei a afundar, Deixei a tia muito apavorada. Senti que a correnteza me levava, Quase morto, todo descontrolado; Num lugar raso a tia me aguardava, E ela me salvou para ser tratado. Desesperado e nada bem estava, Eu fui massageado com firmeza, Muita água deveras vomitava, Mas nunca mais farei a tal proeza. Agradeço ao amigo, POETA OLAVO, pela bela interação: De algo que tenho certeza É que nunca vou me afogar Não deixarei essa tristeza Porque eu não sei nadar. Orpheu Leal
Enviado por Orpheu Leal em 02/05/2020
Alterado em 03/05/2020 |