Orpheu Leal

Como é bom viver em Paz!

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ILHA DE PAQUETÁ
      A Ilha de Paquetá faz-me lembrar um filme conhecido como “Ilha da Fantasia”, estrelado pelo ator Ricardo Montalban e seu coadjuvante Tatoo.
      Paquetá é, sem sombra de dúvida, um lugar paradisíaco. Fui três vezes à bela ilha e, passeando a pé ou de charrete, apreciei de perto quanta beleza existe por lá: árvores floridas, pássaros em profusão, ar puro, lugar tranquilo, aconchegante, com praias limpas e mar sereno.
      Carros particulares e motos não têm permissão para circular e os moradores ou visitantes usam como meios de transporte somente charretes, bicicletas, um trenzinho turístico ou barcos.
      Existem lendas e passagens interessantes sobre a ilha. Conta a História que o francês André Thevet, membro da expedição de Nicolau de Villegaingon, em 1555, descobriu Paquetá em sua missão para fundar a França Antártica.
      A ilha fica situada dentro da Baía de Guanabara e representa um bairro da cidade do Rio de Janeiro. Lá funciona a XXI Região Administrativa.
      Uma de suas praias, a da Moreninha, serviu de inspiração para Joaquim Manuel de Macedo escrever um romance que tem o mesmo nome da praia: “A Moreninha.”  
      Vamos a um fato curioso acontecido na ilha: quando eu trabalhava como Oficial de Justiça, recebi um mandado de despejo para ser cumprido na Ilha.
      Como deveria estar bem cedo no endereço do mandado, antes do suplicado sair para trabalhar, resolvi ir na véspera e pernoitar num hotel; seria  mais prudente e poderia o próprio morador, estando presente, levar seus móveis e utensílios para local de sua conveniência, sem  precisar remover  tudo para o depósito público. Assim foi feito.
      Meu colega Gusmão chegou na primeira barca e o nosso encontro foi no próprio imóvel objeto da ação.
      O inquilino criou um embaraço, fomos parar na Delegacia e, finalmente, ele acabou arranjando um lugar para acomodar seus pertences.
      Mas o caso inédito aconteceu por causa de um forte nevoeiro. A barca que saiu de Paquetá, com destino ao Rio, por um motivo técnico, após algum tempo, retornou ao ponto de partida. Muitos passageiros resolveram voltar para as suas casas. Dois deles tiveram uma surpresa. Como a barca nunca retorna, eles encontraram suas esposas bem acompanhadas de ilustres cidadãos.
      A encrenca foi acabar na Delegacia num clima de grande tumulto...
Orpheu Leal
Enviado por Orpheu Leal em 27/12/2012


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